sábado, 11 de fevereiro de 2012

MP goiano denuncia enfermeira por agressão e morte de yorkshire

Ela foi acusada de maus-tratos contra animal e constrangimento de criança.
Penalidades para agressora incluem multa e detenção de até dois anos.

 

 

O Ministério Público de Goiás denunciou na última segunda-feira (6) a enfermeira que espancou e matou um cachorro yorkshire em Formosa (GO), cidade do Entorno do Distrito Federal, em novembro do ano passado. De acordo com a denúncia, ela foi acusada de maus-tratos contra animal e constrangimento de criança sob sua responsabilidade, delito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A pena prevista para crime ambiental varia de três meses a um ano de reclusão e multa; já para o delito do ECA a punição é de seis meses a dois anos de detenção.
O promotor Lucas Danilo Vaz Costa relatou que a enfermeira, de 22 anos, feriu o cachorro em sua residência, na presença da filha de um ano e seis meses. Na avaliação do Ministério Público goiano, a menina foi submetida a constrangimento ao testemunhar a agressão.
Os chutes, golpes de balde na cabeça e puxões que a enfermeira desferiu contra o animal provocaram a morte do yorkshire, concluiu o MP. Em dezembro, o advogado da enfermeira, Gilson Saad, disse que agresão ocorreu porque o animal havia bagunçado a casa enquanto a família estava em um restaurante. “Ela disse que perdeu a cabeça.”


“Em relação àquilo que acabou ocasionando com o cachorro, ela disse que tem profundo arrependimento. Na infância, ela sempre foi rodeada por animais, tinha contato com animais de estimação. Não há nenhum histórico pretérito que mostre esse tipo de comportamento”, afirmou o advogado na mesma época.
As imagens da agressão foram divulgadas na internet na primeira quinzena de dezembro de 2011 e mostram a enfermeira de 22 anos agredindo o yorkshire na frente da filha, uma menina de pouco mais de um ano de idade.
As agressões aconteceram em novembro e o inquérito foi aberto no dia 21 do mesmo mês. As cenas geraram revolta nas redes sociais.
À Polícia Civil, a enfermeira contou as circunstâncias em que as agressões filmadas ocorreram. “Ela disse que tinha saído para almoçar, que até então estava tranquila e que se irritou porque o cachorro fez necessidade na casa toda. Fez tudo aquilo por uma questão corretiva”, disse a responsável pela investigação.
Segundo o que foi apurado pela polícia, o cachorro morreu ao ser arremessado no chão, na área externa do prédio onde a enfermeira morava. A um policial que passou no local no momento, a agressora disse que o cachorro estava engasgado com uma lagartixa e que ela estava tentando ajudá-lo a desengasgar. Conforme a investigação, o cachorro foi enterrado pelo marido da enfermeira.

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